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Atualidades, Saudosismos,Humor,Música e Vida.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Perdas


Lágrimas depois das perdas. Contrastes da vida. Os dias são caixas de surpresas, surpresas e mais surpresas. Inesperadas, felizes ou tristes. Mas são surpresas.
Dizem que os poetas escrevem suas melhores ideias, canções, sentimentos; pintores imprimem as suas melhores telas ; escultores chegam ao extremo da realidade em seus trabalhos quando estão passando por momentos difíceis. Com o coração dilacerado, tentando encontrar palavras pra descrever tamanha dor, escrevo, choro, escrevo e choro. Daqui a pouco passa! Quando alguém vai embora simplesmente do nada. Passa. A dor passa.Vai passar.
Talvez seja uma alerta para estarmos de malas prontas para quando o “trem da vida” estiver  de passagem. Talvez seja a vida nos chacoalhando para nos mostrar que temos que viver intensamente cada momento. Temos que amar mais. Amar mais quem nos quer mau. Abraçar e amar quem nos quer bem. Apenas valorize seus olhos, mãos, pernas, saúde, enfim, tudo que estiver ao seu alcance e tudo o que não estiver. Você fará parte das nossas vidas. Incorreto seria dizer que fez parte. Querendo ou não você foi um grande amigo e irmão mesmo sem querer. E nas nossas lembranças sempre será. Você deixou muitas marcas.  Sua música, quando tocada, tocará no fundo das nossas almas, sentimentos. Doce canção que nos fará lembrar de você. Sempre e sempre. Força e firmeza aos familiares, amigos e todos aqueles que acreditaram no Jonatas Alves de Sousa Filho.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Japão não será mais o mesmo.


O Japão não será mais o mesmo. Será sim. Ele tem forças pra superar tudo isso. É capitalista, país super desenvolvido de primeiro mundo, treinado para passar por determinadas situações de terremotos  e etc. e acostumado a viver com isso. O que estamos presenciando hoje não é um fato que temos que nos conformar ou procurar culpados. Com nossas orações e pensamentos positivos venhamos a nos lembrar deste país. Enquanto alguns culpam Deus, outros culpam o diabo. Mas se formos analisar bem o culpado de tudo isso somos nós, os seres humanos. Um país totalmente dependente de energia nuclear não poderia ter pensado que haveria a possibilidade de acontecer contaminação em grande escala? O erro foi sendo gradativo. Primeiro constatamos a busca por poder e supremacia sem querer ver as conseqüências disto. Segundo a falta de planejamento de tais homens que se consideram, ou até mesmo são considerados educados e inteligentes. Se formos comparar o Japão com outros países isso realmente é um fato. Os japoneses tem que arcar com as conseqüências de erros sucessivos. O atual momento está sendo um desafio para estes milhares de sobreviventes. Alguns dos que estão lá, apavorados querem fugir o quanto antes. As redes de televisão fazem um excelente trabalho no que diz respeito à informar e até mesmo apavorar o mundo. Eles não são culpados, esse é o trabalho deles. Nos anos anteriores em que houveram outros terremotos, a informação sobre tais acontecimentos não era tão divulgada de forma tão enfática. Hoje sim. Para muitos dos japoneses o mundo acabou. E para muitos outros ainda vai acabar,pois , eles aguardam outros terremotos que irão atingir o país ainda este ano. Só nos resta agradecer por estarmos num país livre de tais catástrofes e torcer para que tudo isso passe. Que o Japão renasça com esperança e força.

O apito


Descendo a escada com os pés descalços. Chão frio, sujo, escorregadio. Caminho longo, imenso até um foco de luz lá no final. Ainda tentando caminhar sem conseguir por causa da escuridão minhas mãos procuram o interruptor para acender uma luz. Mãos seguindo pela parede. Tateando como cego. Procuro, procuro e não acho. Descendo mais degraus infinitos e sem motivo pra descer. Devagar. Bem devagar e com medo. Encontro com uma das mãos um portão grande que abro para ver o que está acontecendo. O trinco do portão é duro e o barulho que se faz ao tentar forçá-lo é irritante. Mas abro. Ainda sem saber o motivo. Abro e saio fechando o portão. O silêncio ao redor faz da noite um esconderijo para coisas estranhas. As penas e braços começam a tremer por causa do frio do tempo e do frio do medo que surgiu. É melhor voltar. Não tem motivo então volta. Mas a teimosia me faz continuar. Os passos começam a apressar e a tremer ao mesmo tempo em que o cheiro da neblina da noite invade o ambiente. O caminho que está iluminado por fachos de luz amarelados que enfeitiçam os insetos que tentam encontrar a luz e acabam se debatendo e morrendo de tanto tentar entrar num lugar impossível. O silêncio a essa hora já não existe mais. Ao me dar conta do que envolve o meu redor ouço barulhos do silêncio da noite. Se é que esse pode ser seu nome. Gatos miando ao longe. Cachorros também no mesmo coro uníssono. Grilos e sapos nem se fala. Apito. Mas que apito é esse? Bem de longe um apito que rompe o silêncio e com ele um grito de uma mulher gorda. Como você sabe que ela é gorda? Pelo timbre voz. Forte. Impetuoso. Acertei. Era a vizinha da quinta casa que brigava com o marido, com os filhos, com o papagaio, com o cachorro, com todos. E agora pra saber quem era a vítima do momento era impossível. Mas, e o apito,o que era mesmo que ele queria ? Queria apartar a briga? Não, não era isso. Apenas queria fazer o seu trabalho de passar horas e horas nas ruas para saber se estava tudo bem. O que rompeu realmente o silêncio não foi o apito, a mulher gorda, o grilo, o inseto da luz, o gato. Foi o tiro. O tiro rompeu o silêncio e rompeu o coração de uma vítima que naquela hora da noite passava de volta para casa. Após o tiro no coração do homem o meu coração pulsou tão alto que eu só conseguia ouvir ele. Segundos depois do coração atingido uma multidão já estava em volta do corpo ali estendido para saber o motivo da morte do homem. E eu? Na minha cama encoberto pelo meu lençol de culpa. Culpa? Você por acaso atirou no homem? Não. Presenciei o crime por está na rua àquela hora. O apito. eu vi tudo. Foi o apito que começou tudo aquilo. Ou foram a escada, os pés descalços, o portão, o silêncio? Mas agora vou manter meu silêncio. E se tiverem visto você? Não. Não viram. Joguei o apito fora do alcance deles é claro.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Enfim a rotina, a mesmice, a tolice, o fútil da madrugada...


Dizem que os blogs foram feitos para adolescentes ficarem desabafando ou escrevendo sobre suas vidas, seus amores não conquistados, sobre os seus afazeres diários  e enfim, fazem com que as palavras se tornem um livro aberto. Expondo-os para a sociedade virtual ou para mostrar a sinceridade de seus corações. Eu não sou muito de está  falando sobre minha vida pessoal por aí. Existem coisas melhores pra se fazer. Se bem que eu não sou famoso. Tudo que eu disser aqui não vai mudar a vida de alguém  ou não vai fazer a menor diferença.  Até parece que eu estou desabafando. Ah! Estou me contradizendo naquilo que eu acabei de falar. Eita que vida! Tudo gira em torno das mesmas contradições. Um dia estamos bem outro dia estamos mau. Ah! Mas o dia acabou de nascer e com ele um novo dia. Um belo dia. Um dia ensolarado. É, mas com esse dia, lá vem de novo as mesmas coisas. Na busca pela fuga de tudo isso eu começo a pensar nos livros que li. Nas músicas lindas que já ouvi. Nos sorrisos que já sorri e conquistei. Nos amores que não tive. Nos amores que tive e deixei. Nas paixões inevitáveis. Nos momentos bons e ruins. Não acredito que estou fazendo isso de novo. Blá  blá blá e blá blá blá. Voltei a estaca zero. Mas pensando bem por causa desses pensamentos rotineiros e inevitáveis minha vida é o que é.  Se nós formos analisar bem a velha rotina, a tolice, a mesmice. Se elas não existissem, como seriam os homens?  Um bando de “quadrados chatos”. Um brinde à vida como ela é e como ela nunca deixará de ser.